O ex-juiz afirmou que as falas registradas no vídeo foram tiradas de contexto
A Procuradoria-Geral da República fez o pedido de condenação à prisão do ex-juiz da Lava Jato e atual Senador da República, Sérgio Moro. A solicitação aconteceu nesta segunda-feira (17) e a denúncia se deu por conta de uma suposta calúnia contra o ministro do STF, Gilmar Mendes.

O documento foi assinado pela vice-procuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo. A denúncia aconteceu após um vídeo vazado em que o Senador fala para “comprar habeas corpus” de Gilmar Mendes.

“Em data, hora e local incertos, o denunciado Sérgio Fernando Moro, com livre vontade e consciência, caluniou o Ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Ferreira Mendes, imputando-lhe falsamente o crime de corrupção passiva, previsto no artigo 317 do Código Penal, ao afirmar que a vítima solicita ou recebe, em razão de sua função pública, vantagem indevida para conceder habeas corpus, ou aceita promessa de tal vantagem”, disse Lindôra.

Sérgio Moro se pronunciou sobre o caso em uma entrevista: “Não há nenhuma acusação ao Ministro Gilmar Mendes. O que existe são falas que foram descontextualizadas e divulgadas em fragmentos para me colocar falsamente contra o Ministro. Sempre critiquei o Supremo Tribunal Federal de forma respeitosa” se defendeu Sérgio Moro.

Moro ainda afirmou que lamenta que o procurador Geral da República veja uma facilidade tão grande em denunciar o Senador, assim como, pedir sua prisão.