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Petrobras anuncia novas políticas de preços e marca fim da paridade internacional

Petrobras anuncia novas políticas de preços e marca fim da paridade internacional

Por Victor da Matta

Publicado em 16/05/2023 às 13:36

As novas políticas é uma estratégia comercial que substitui a paridade de importação de preços, que alinhava os preços locais aos internacionais dos combustíveis

A Petrobras anunciou nesta terça-feira (16) o fim da paridade internacional de preços do petróleo e combustíveis derivados. Ou seja, foram criadas novas políticas para os preços da gasolina, diesel e gás no Brasil. A notícia foi vazada na semana passada pelo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

A paridade de importação de preços é um alinhamento de preços locais com os internacionais. Essa medida foi adotada durante o governo de Michel Temer (MDB). As oscilações de preços que se tornaram comum nos últimos anos é um reflexo das oscilações do mercado externo no mercado interno brasileiro.

Também nesta terça-feira (16), as ações da Petrobras operam em alta de mais de 4%, após o anúncio do fim da paridade de importação do petróleo e uma nova política de preços. A redução será de R$ 0,40 (12.6% menos) o litro de gasolina, R$ 0,44 (12.8% menos) e o botijão de gás fica menos R$ 8.97 por 13kg.

Segundo a estatal Petrobras (empresa do estado), a “nova estratégia comercial”, tem como premissa tornar os preços mais competitivos, a partir do uso de duas referências de mercado: a) o custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação; b) e o valor marginal para a Petrobras.

A primeira referência, a) custo alternativo, contempla “as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos”, quanto o b) valor marginal, contempla o “custo de oportunidade dadas as diversas alternativas para a companhia dentre elas, produção, importação e exportação do referido produto e/ou dos petróleos utilizados no refino”.

Até hoje, o Brasil compra o exterior 30% do diesel que consome, em dólar, e um desalinhamento pode desestimular a importação do produto. A medida de novas políticas para os combustíveis fez parte da campanha eleitoral do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).