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Pesquisa pode contribuir no enfrentamento ao racismo na internet

Pesquisa pode contribuir no enfrentamento ao racismo na internet

Foto: Arquivo Público

Por Gustavo Souza

Publicado em 24/10/2023 às 13:10

A Faculdade Baiana de Direito, em conjunto com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, realizou uma apresentação ao Ministério da Igualdade Racial sobre as conclusões da pesquisa que mostra como o poder judiciário brasileiro julga os crimes de racismo cometidos pelas redes sociais. A divulgação do relatório aconteceu na última segunda-feira (24).
Resultado foi apresentado hoje ao Ministério da Igualdade Racial

Com os estudos que analisam as decisões judiciais entre julho de 2010 e outubro de 2022, o Ministério da Igualdade Racial acredita que os dados oferecem ao governo federal materiais para entender os tipos de ameaças e repressão que são realizados na internet.

O levantamento revelou que as mulheres são quase 60% das vítimas dos crimes de racismo e de injúria racial, julgados em segunda instância no Brasil. Os homens são 18,29% dos agredidos. E outros 23,17% não tiveram gênero identificado. Entre os tipos de agressão, os xingamentos com nomes pejorativos e animalização das vítimas são em maior número tanto contra mulheres, como em ataque aos homens negros. Em relação às mulheres negras, elas são ofendidas, sobretudo, em questões de estética, sexualidade e higiene.

A pesquisa também traçou o perfil dos agressores: pessoas do sexo masculino são responsáveis por 55,56% dos casos, embora as mulheres agressoras correspondam a 40,74%. Este percentual feminino é superior ao que se costuma encontrar em pesquisas sobre outros tipos de criminalidade, conclui o levantamento.