O dia que o G10 Favelas tocou a campainha da Bolsa de Valores brasileira e abriu ações na Bolsa de Nova York eternizado no filme que concorre no Festival de Cannes 2023

O ano é 2023, e o estereótipo de uma favela pobre, carente e desorganizada persiste no imaginário social de boa parte da população brasileira, assim como no olhar dos estrangeiros. Mas a favela é muito diferente do que todos imaginam.

O discursos de uma favela carente deixa de lado toda uma história de luta e empreendedorismo, como forma de sobrevivência, mas também como precursor de tantas outras tendências do mercado brasileiro como um todo. Para ter uma ideia, as favelas brasileiras tiveram um mercado de R$ 200 bilhões ao ano. Isso equivale a mais de 40 bilhões de dólares.

Essa é parte da comprovação de uma economia forte que roda dentro das periferias brasileiras, formada por micro e pequenas empresas (maioria empresarial brasileira), com sua própria cultura de consumo e produção, assim como detém de soluções de problemas básicos e reais.

O G10 Favelas, a Hub das Favelas

Com a pandemia em 2020, muitos problemas se intensificaram nas favelas brasileiras, a fome sendo uma das piores dores, mas a falta de alcance médico também. Com diversos comércios fechando as portas pelo Brasil inteiro, afetando a economia, nas periferias não foi diferente.

Foi dessa forma que o Pavilhão Social nasceu, a fim de combater a fome em Paraisópolis e outras comunidades pelo Brasil, o G10 Favelas deu início às campanhas de combate que seguem diariamente até o dias de hoje.

Atualmente, o Pavilhão Social do G10 vai além. A Hub de empreendedorismo periféricos impulsiona 22 iniciativas de impacto social, que compõem o pavilhão, e tem desde costureiras (Costurando Sonhos), cozinha (Mãos de Maria), até banco (G10 Bank), e uma TV (+Favela TV).

O G10 Favelas, bloco de líderes e empreendedores de impacto social, alcançou um novo patamar para o empreendedorismo periférico. Gilson Rodrigues, presidente do G10, juntamente com sua comitiva, foram convidados a tocar a campainha da Bolsa de Valores brasileira (B3).

A Favela Tocou o Sino da Bolsa de Valores

O dia 6 de dezembro de 2022 será contado como um marco para o empreendedorismo periférico, pois registra o encontro entre empreendedores de impacto social com o mercado financeiro. Por isso, o Sou+Filmes de Favela registrou em uma campanha que concorre ao Leão de Ouro em Cannes Lions 2023, tudo que envolve esse encontro simbólico.

Ao tocar a campainha da B3, Gilson oficializou uma doação de R$ 1 milhão por parte da Bolsa de Valores brasileira, a abertura de ações na B3 e na Bolsa de Nova York. O que poderia ser apenas um dia, se transformou no primeiro de muitos. O filme que concorre no festival de Cannes mostra de onde parte, como age e tudo que esse marco alavancou nas empresas periféricas parceiras do G10.

“Para nós, é uma quebra de paradigma poder entrar aqui pela porta da frente e ser recebido por amigos e parceiros que têm nos ajudado nessa jornada. Precisamos criar alternativas para acabar com a fome de 33 milhões de pessoas no Brasil. Estamos aqui para mostrar novos caminhos aos empreendedores, dizer que podemos estar aqui e em todos os lugares, que a bolsa de valores é do Brasil e é nossa”, comentou Gilson Rodrigues, presidente do G10 Favelas.

G10 no Palco Principal de Cannes

Gilson Rodrigues também participa como palestrante do Palco Principal de Cannes Lions 2023, no dia 21 de junho, apresentando o case do G10 Favela como referência da capacidade econômica do empreendedorismo de impacto social.