Nesta trama de ficção baseada em fatos reais, jovens da periferia procuram romper a invisibilidade social através do pixo; filme é uma produção de Fernando Meirelles

Em 27 de outubro de 2008, no primeiro dia da 28ª Bienal de São Paulo, cerca de 40 pichadores invadiram o segundo andar do pavilhão no Parque Ibirapuera. Apesar de pintarem uma área vazia, houve forte truculência no ataque e uma pichadora foi presa. Por conta da ação, a edição foi apelidada de “Bienal do Vazio”.

Em 25 de setembro de 2010, também no primeiro dia da abertura ao público da 29ª Bienal de São Paulo, outra ação de pichadores aconteceu. Djan Ivson picou a obra “Bandeira branca”, do artista Nuno Ramos – três esculturas onde se mantinham três urubus vivos. “Liberte os urubu” foi tudo que Ivson conseguiu pichar antes de ser detido.

Essas duas histórias reais são um ponto de partida para a história do diretor Cláudio Borrelli, que está envolvido no meio da pichação de São Paulo há pelo menos 15 anos. Agora seu primeiro longa, o “Urubus”, com produção executiva de Fernando Meirelles (Cidade de Deus), teve sua estreia dia 1º de junho.