O calor extremo ameaça a segurança energética e a saúde das pessoas, podendo reverter o progresso na desigualdade e redução da pobreza no país

Ondas de calor extremo, resultado da forte mudança climática, estão ameaçando o desenvolvimento da Índia, que corre o risco de reverter o progresso feito pelo país na redução da pobreza, melhora na saúde e crescimento econômico, afirma novo estudo.

Pesquisadores da Universidade de Cambridge, responsáveis pelo estudo publicado na revista PLOS Climate, descobriram que o calor já está afetando criticamente o país, levando a quedas de energia, aumento da poeira e da poluição do ar e derretimento glacial acelerado no norte da Índia.

Segundo o estudo, as ondas de calor são chamadas de ‘mortais’, pois, desde 1992, mais de 24 mil pessoas morreram por causa das ondas de calor na Índia. O índice tende só aumentar, com a intensificação das mudanças climáticas sendo uma realidade já muito presente no país.

Em 2022, a Índia experimentou seu abril mais quente em 122 anos e seu março mais quente já registrado, disse o estudo. E passou também pelo clima extremo em 242 dos 273 dias entre janeiro e outubro de 2022, descobriram os pesquisadores.