É de entristecer viver entre radicais que se propõem a proibir e vandalizar livros infantis
Livro está sendo adotado em escolas da Bahia, para auxiliar na alfabetização de alunos do ensino fundamental.
“Hoje minha reação a isso é de tristeza. Não uma tristeza de derrota. A história do livro, ela fala por si, e é uma grande vitória. A repercussão dele, fala por si. A tristeza é por essas pessoas que querem que a sua religião, no caso a cristão, protestante, conhecidos como evangélicos, seja respeitada, e deve ser respeitada, mas não se predispõem nem por um segundo a respeitar outras formas de viver, de existir e de manifestar sua fé”, disse Emicida.
O livro infantil “Amora” do Rapper Emicida foi alvo de racismo religioso. O ato foi praticado pela mãe de um aluno de uma escola do ensino fundamental de Salvador, o colégio é particular.
O cantor usou as suas redes sociais para se manifestar sobre o acontecido, e afirmou que essa não foi a primeira vez que sofreu ataques por conta do livro. Contudo, elogiou os professores que estão aderindo a obra em suas aulas.
“No começo, imaturo, eu fiquei com raiva e levei para o pessoal, mas era uma questão muito maior. Então, eu fiquei triste porque é de entristecer viver entre radicais que se propõem a proibir e vandalizar livros infantis. Livros. Sobretudo um livro tão inofensivo como esse, Amoras. Quer dizer inofensivo para os não racistas”, concluiu o rapper.
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